Minutos antes do limite do prazo — 23h59 de ontem —, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, entregou ao STF o seu pedido para que Jair Bolsonaro seja condenado por tentativa de golpe de Estado.
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No parecer final apresentado ao relator Alexandre de Moraes, Gonet aponta o ex-presidente como “líder” da organização criminosa e “principal articulador” da ruptura democrática.
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A acusação envolve 5 crimes:
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Tentativa de golpe de Estado;
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Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
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Organização criminosa armada;
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Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União;
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Deterioração de patrimônio tombado.
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Se condenado com as penas máximas e agravantes, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão.
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Além do ex-presidente, nomes como Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Augusto Heleno e Braga Netto também são réus. A PGR afirma que todos compõem o “núcleo crucial” da trama, articulada após a derrota eleitoral de 2022.
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(Imagem: g1)
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Os próximos passos
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O pedido da PGR marca a última etapa antes do julgamento, previsto para começar no início de setembro.
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Agora, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, que firmou delação premiada, será a primeira a se manifestar — em até 15 dias. Depois, os demais réus terão o mesmo prazo.
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O caso é considerado um dos mais relevantes da história recente do STF — e pode selar o destino político de Bolsonaro, inelegível desde 2023 e agora sob risco de pena criminal.
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Bottom-line; Horas antes da decisão de Gonet, o ex-presidente publicou uma mensagem no X dizendo que “o sistema” quer destruí-lo por completo, e alertou que, se hoje é com ele, “amanhã será com você”.
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